A oposição parece mais preocupada com denegrir a imagem do nosso primeiro-ministro do que propriamente com a situação do país. Até se esquece dos problemas económicos, que tanto critica e pelos quais responsabiliza o governo, quando este continua a procurar resolvê-los à parte de assuntos não relacionados com o Estado. A oposição continua na sua: já que não conseguimos deitá-lo abaixo politicamente (pois os argumentos não chegam), vamos apostar no ataque pessoal a José Sócrates e fazer com que os portugueses percam a confiança que nele têm depositado ao longo de quase cinco anos.
A verdade é que estes se mantêm fiéis, apesar destas manobras de diversão e da tentativa de oposição e jornalistas fazerem justiça pelas próprias mãos. Não só foi reeleito como, meses depois, as sondagens ainda lhe dão a preferência para o cargo que desempenha. Apesar de tudo o que tem sido alvo, José Sócrates mantém-se no lugar como verdadeiro defensor dos interesses da nação. E a credibilidade que ganhou, politicamente, desde o início da sua carreira, não consegue ser destruída apenas com ataques pessoais e tentativas de o derrubar.
O que aqui está em causa nem sequer é a veracidade ou não das afirmações, a verdadeira culpa ou inocência do primeiro-ministro. O que está em causa é uma comunicação social ávida por escândalos, furos, que vendam jornais e coloquem milhões de espectadores colados aos ecrãs de televisão, que se aproveita de todo e qualquer pormenor minimamente duvidoso para o transformar em algo que pode muito bem não o ser. E a falta de instrução e a avidez, também ela, de escândalos, por parte da população mais opositora, fazem com que as afirmações sejam acreditadas e as pessoas julgadas em praça pública, quando a própria justiça já as descartou e considerou irrelevantes.
Tudo isto parece uma anedota, uma história tão mal contada que se torna impossível julgar alguém ou compreender a verdade. Mas a verdade é que ela tem coberto jornais e televisões nas últimas semanas e que não se pode ignorar, quando está a tentar pôr-se em causa a governação do nosso país. Procurem a verdade, não se deixem levar pelo diz-que-disse e por tudo o que ouvem na comunicação social. Esta, supostamente garante da verdade, por vezes mostra que nem sempre o é, e também isso é algo que está a falhar em Portugal. Temos de procurar guiar-nos pelo que é mais correcto, pelas certezas e pela crença nas pessoas, senão para onde iremos daqui para a frente?
by: Raquel Silva