terça-feira, 24 de março de 2009

Dia do Estudante

Assinala-se hoje o Dia do Estudante, data que muito simboliza para os estudantes socialistas do Ensino Superior, tanto por aquilo que representou enquanto exemplo histórico de luta dos estudantes por uma melhor Universidade e um melhor Portugal, como pela oportunidade que representa para (re)pensar a Universidade, os problemas dos estudantes e as soluções para esses mesmos problemas.
Na verdade, convém sempre relembrar o sucedido em 1962, quando um conjunto de dirigentes associativos decidiu afrontar o regime ao exigir a liberdade de comemoração do Dia do Estudante e, com a adesão massiva dos estudantes, fez tremer uma ditadura com quase trinta anos. Os plenários entusiastas e a repressão policial que se lhes seguiu, as prisões de alguns dirigentes, a greve de fome da Cantina Universitária, a ocupação da AAC, agudizaram o sentimento de revolta perante um regime fechado que pouco ou nada tinha para oferecer a quem queria ter mais oportunidades. A todos os ilustres (Jorge Sampaio, Medeiros Ferreira, Sottomayor Cardia, entre muitos outros) e não ilustres participantes nesta crise académica sauda-mos com entusiasmo, cientes que hoje, felizmente, exigimos mais e melhor porque somos um produto da liberdade, tão
duramente conquistada.
Hoje, tal como em 62, a Universidade vive dificuldades. Mas acima de tudo vive desafios que exigiram alterações profundas mas necessárias que marcarão a época em que vivemos. Bolonha, e consequentemente o RJIES, a criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, a reforma da acção social e o lançamento dos empréstimos escolares foram importantes reformas que marcam indelevelmente a Universidade de hoje.

Porque vivemos uma época de acentuada crise económica e social todas estas reformas assumem especial importância. Mas a elas não nos resignamos. Bebendo o espírito de 62 lutaremos sempre por um Ensino Superior mais justo, solidário, inclusivo, moderno e europeu.
ONESES

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